sábado, 22 de junho de 2013

E aí Dilma?


Ontem, ansioso, sentei na frente da TV. Nossa presidente iria pronunciar-se sobre os protestos ocorridos durante a semana toda. Embora eu ache que ela deveria ter aparecido bem antes, já que estamos completando 1 semana de protestos. Mas enfim, antes tarde do que mais tarde.

TODOS esperávamos uma posição. Que tomasse um lado. Que tomasse partido. Que fosse esquerda, ou direita. Não foi. Nem um, nem outro. Continuou no muro.

Quando eleita, o maior temor é que ela não tivesse representatividade, já quem MUITOS não votaram nela, mas sim no fantasma do Lula. Não tendo esta representatividade, teria que vender-se para manter-se no poder. Lotear cargos, agradar gregos, troianos, romanos, persas, egípcios... E foi o que aconteceu.

Porém, o povo brasileiro resolveu dar uma oportunidade a dona Dilma. O povo disse: "Vai lá Dilma, toma as rédeas. Represente-nos, já que ninguém mais nos representa. Precisamos de um líder! Tome nossa causa e transforme em sua!"

Por isso da minha expectativa neste discurso. E a Dilma perdeu a oportunidade. Preferiu ficar em cima do muro. Preferiu continuar buscando o apoio em seus pares ao invés de buscar esse apoio no povo.

O pronunciamento foi deprimente. Embora político, Dilma foi na contramão do que os protestos pedem. Foi excessivamente política, sendo que seu pronunciamento pareceu mais uma propaganda pré-eleição.

Por isso estou convencido, os protestos tem que continuar. Ainda não fomos ouvidos. Não sei se seremos, mas temos que continuar tentando. Não podemos deixar esfriar o movimento. Precisamos nos organizar, deixar as causas mais claras, definir prioridades, e cobrar posição. Não discursos e promessas. Isso eles fazem a cada 2 anos. Queremos atitudes. Queremos resultados.

Não mudaremos o país em 1 semana, mas precisamos de sinais que iremos mudar em médio prazo. E para isso, precisamos de posições mais concretas, e autoridades que se arrisquem a colocar-se ao lado do povo. A Dilma eu larguei de mão, daí não sai nada. Cabe a nós agora pressionarmos nossos governadores, o legislativo, e também o judiciário, que também tem deixado a desejar, mantendo livres os condenados do mensalão.

Precisamos de atitudes e não promessas. Cansamos de promessas. Queremos mudança. E logo.

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