sábado, 28 de fevereiro de 2009

Primeiro Grande Mandamento Cristão

"Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo."

Andei refletindo um pouco sobre esse mandamento, e como tudo que envolve religião, torna-se perigoso apartir de interpretações muitas vezes tendenciosas. Não sou ninguém para criticar nada, pelo contrário, talvez eu seja a pessoa menos indicada, mas, como bom brasileiro, sugiro uma mudança pequena na frase, porém, que poderia mudar muito o que pensamos, ou até mesmo o jeito de agirmos. Ao invés de "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", simplificaria para "Amar o próximo mais do que qualquer coisa."

Explico meus motivos, que na verdade são dois.

Primeiro: Segundo a crença cristã, que baseia sua fé nesse mandamento, o homem é a imagem e semelhança de Deus, logo, se amarmos o próximo com todas as nossas forças e acima de tudo, estaremos assim amando a Deus. Assim, evitariamos matar o próximo em nome de Deus. Castigar o próximo em nome de Deus, ou qualquer outra atrocidade cometida em nome da crença religiosa. Se o próximo é a imagem de Deus, não atacarei e não maltratarei o próximo, pois nele estou vendo Deus.

Segundo: Amar o próximo como a si mesmo é perigoso. Muitas vezes o homem não ama a si próprio. A avareza, a cobiça, a preguiça, a gula, a ira, a inveja e a própria vaidade, são demonstrações do ser humano por si próprio. Sendo assim, se amarmos o próximo como nos amamos, temos um problema. Amamos pouco... e amamos mal...

Agora, de forma simplificada, esse mandamento toma um contorno diferente de realidade. Amar o próximo mais do que a si mesmo, com todas as forças, seria pensar sempre no que é melhor para o meu próximo antes de agir. E o que é mais incrível, passariamos a fazer um bem enorme a nós mesmos, porque o próximo, além de ser a imagem de Deus, é nosso espelho.

Por isso pense, antes de aceitar o que qualquer doutrina prega. É importante notarmos os detalhes interpretativos que cada pregador passa em seus discursos normalmente inflamados. Interpretar corretamente os textos, seja qual for a religião, é mais importante do que segui-lá cegamente.

Abraço a todos.

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